Negociação Salarial 2012 dos Trabalhadores da
Torrefação
Patrões radicalizam e não aceitam discutir
adoção de PLR nas empresas.
Diálogo está ficando cada vez mais difícil e a
greve vai se apresentando como única alternativa para vencermos as barreiras impostas
pelos patrões.
Rui
Amaro Gil Marques
Da
Secretaria de Comunicação da FTIA PR e Sindicatos filiados.
Foi realizada na Federação das Indústrias do
Paraná (FIEP- patronal) na tarde desta quarta-feira (06 de junho) a 4ª rodada
de negociações salariais do setor de Torrefação de Café entre os representantes
patronais e os sindicatos de trabalhadores representados pela Federação dos
Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação do Paraná (FTIA PR).
Mais uma vez patrões mantiveram a sua
contraproposta de Piso Salarial de Ingresso no valor de R$752,40, Piso Salarial
de Efetivação no valor de R$842,60, Auxílio Alimentação no valor de R$45,00 e
reajuste de 5,88% para os salários acima dos pisos e afirmaram ser impossível a
adoção da clausula de PLR (Programa de Participação nos Lucros e Resultados)
pelas empresas. O que revoltou a bancada dos trabalhadores.
Novamente os sindicatos dos trabalhadores mostraram
aos patrões a disparidade da sua proposta e as reivindicações dos trabalhadores
que são: Piso Salarial de Ingresso no valor de R$781,00, Piso Salarial de
Efetivação no valor de R$849,20, Auxílio Alimentação no valor de R$70,00 e
reajuste de 8% para os demais salários. Quanto a inclusão da clausula de
Participação nos Lucros e Resultados (PLR) na Convenção Coletiva os
trabalhadores exigiram que fosse marcada uma reunião somente para se discutir
esse assunto uma vez que os sindicatos não abrem mão dessa reivindicação.
Ficou evidente que os patrões estão enrolando e
esperam nos vencer pelo cansaço. Se os
trabalhadores não pressionarem os patrões eles não vão ceder e nem vão melhorar
a sua proposta de reajuste salarial. Por
tanto, todos nós devemos participar das atividades dos nossos sindicatos em
nossas cidades. Somente com a nossa união poderemos vencer a intransigência
patronal porque o diálogo está ficando cada vez mais difícil, infelizmente.
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