quinta-feira, 7 de junho de 2012

Negociação Salarial 2012 dos Trabalhadores da Torrefação

Patrões radicalizam e não aceitam discutir adoção de PLR nas empresas.

Diálogo está ficando cada vez mais difícil e a greve vai se apresentando como única alternativa para vencermos as barreiras impostas pelos patrões.

Rui Amaro Gil Marques
Da Secretaria de Comunicação da FTIA PR e Sindicatos filiados.


Foi realizada na Federação das Indústrias do Paraná (FIEP- patronal) na tarde desta quarta-feira (06 de junho) a 4ª rodada de negociações salariais do setor de Torrefação de Café entre os representantes patronais e os sindicatos de trabalhadores representados pela Federação dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação do Paraná (FTIA PR).

Mais uma vez patrões mantiveram a sua contraproposta de Piso Salarial de Ingresso no valor de R$752,40, Piso Salarial de Efetivação no valor de R$842,60, Auxílio Alimentação no valor de R$45,00 e reajuste de 5,88% para os salários acima dos pisos e afirmaram ser impossível a adoção da clausula de PLR (Programa de Participação nos Lucros e Resultados) pelas empresas. O que revoltou a bancada dos trabalhadores.

Novamente os sindicatos dos trabalhadores mostraram aos patrões a disparidade da sua proposta e as reivindicações dos trabalhadores que são: Piso Salarial de Ingresso no valor de R$781,00, Piso Salarial de Efetivação no valor de R$849,20, Auxílio Alimentação no valor de R$70,00 e reajuste de 8% para os demais salários. Quanto a inclusão da clausula de Participação nos Lucros e Resultados (PLR) na Convenção Coletiva os trabalhadores exigiram que fosse marcada uma reunião somente para se discutir esse assunto uma vez que os sindicatos não abrem mão dessa reivindicação.

Ficou evidente que os patrões estão enrolando e esperam nos vencer pelo cansaço.  Se os trabalhadores não pressionarem os patrões eles não vão ceder e nem vão melhorar a sua proposta de reajuste salarial.  Por tanto, todos nós devemos participar das atividades dos nossos sindicatos em nossas cidades. Somente com a nossa união poderemos vencer a intransigência patronal porque o diálogo está ficando cada vez mais difícil, infelizmente.

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