sábado, 19 de maio de 2012

NEGOCIAÇÃO SALARIAL DO AÇÚCAR: PATRÕES DIZEM NÃO


NEGOCIAÇÃO SALARIAL DO SETOR AÇUCAREIRO 2012


Mais uma vez usineiros se fazem de vitimas e dizem não às reivindicações salariais dos trabalhadores
Federação (FTIA) e Sindicatos estudam a possibilidade de fazer manifestações em algumas empresas



Rui Amaro Gil Marques
Da Assessoria de Comunicação da FTIA PR e Sindicatos



Após mais uma rodada de negociação entre representantes dos trabalhadores e dos patrões na sede do Siapar (sindicato patronal) na cidade de Maringá na última sexta-feira (18/05/12) o que ficou evidente foi a intransigência dos usineiros em atender às reivindicações dos seus funcionários.

Há 04 anos sem assinar a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) os usineiros insistem em conceder apenas um reajuste salarial de apenas 26,83 equivalentes ao INPC do período de maio de 2007 a abril de 2011 acrescido de mais 1,15% sobre os salários praticados em abril de 2008.

Para o novo piso salarial os usineiros apresentaram a proposta de R$707,60 e para os demais salários a correção pelo INPC de maio de 2011 a abril de 2012. O que os representantes dos trabalhadores recusaram prontamente uma vez que as reivindicações apresentadas pelos sindicatos são superiores as defendidas pelos patrões.

Reivindicações dos Trabalhadores: Piso Salarial de R$750,00, reajuste salarial equivalente ao INPC do período de maio de 2011 a abril de 2012 mais 2,50% e uma cesta básica de, no mínimo, R$100,00.

Devido a negativa patronal os diretores do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação de Cianorte (Sintracia) optaram por se retirar das negociações para buscar na Justiça do Trabalho uma saída para o impasse. O presidente do Sintracia, Cirso da Silva explicou a decisão afirmando que irá entrar com uma Ação Judicial exigindo que seja adotado o Piso Regional do Estado do Paraná como referência de reajuste salarial para os funcionários das usinas açucareiras de sua base territorial porque o sindicato não irá assinar uma Convenção Coletiva que traga prejuízos para os trabalhadores.

Os demais representantes sindicais decidiram em dar mais um tempo para os patrões refletirem e reavaliarem a sua posição. Desta forma foi marcada uma nova reunião para os próximos dias.

Participaram da negociação: Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação de Arapongas e Região (STIAAR), Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação de Apucarana e Região (STIAA), Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação de Cianorte (Sintracia), Federação dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação do Paraná (FTIA PR), Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação e Afins de Jaguapitã (STIAAJ), Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação de Porecatu (STIAP), Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Fabricação de Açúcar e de Alimentação de Jacarezinho e Região (STIAAJAR), Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Panificação, Confeitaria, Produtos de Cacau e Balas, do Açúcar, Trigo, Milho, Mandioca, Aveia , Massas Alimentícias e Afins de Curitiba e Região Metropolitana (STIP), Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Massas, Laticínios, Carnes, Derivados e de Alimentação de Ponta Grossa e Região (STIMLACA).  As indústrias açucareiras foram representadas pelo Sindicato da Indústria do Açúcar do Estado do Paraná (SIAPAR).

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